Organizadores: Leandro Mayer e Maikel Gustavo Schneider
Ano da publicação: 2020
Número de páginas: 126
Sinopse:
A obra, além da contextualização histórica do projeto de colonização Porto Novo, contém a tradução do manual de propagandas publicado em 1933 pelo Volksverein no intuito de atrair colonos para a colônia. Veja a seguir, passagem do livro que trata sobre a mulher na colonização:
“O agricultor na mata virgem não pode ficar solteiro. A esposa e uma tropinha de crianças saudáveis não representam, apenas, o fundamento do sentimento pátrio, mas também, da edificação da colônia. A vida celibatária dificilmente prosperará, pois apenas a ação de muitas mãos tornará possível que a colônia floresça. Trabalhar com mão de obra estranha exige gastos que o colonizador deverá evitar no início. Alguns alemães imperiais chegaram a imigrar solteiros, realizaram os primeiros trabalhos de arroteamento na floresta, construíram uma casa e então mandavam vir suas noivas ou casavam com uma moça teuto-brasileira. Outros já traziam consigo, da Alemanha, a esposa e os filhos. Também a esposa do colonizador da mata nativa enfrenta um início duro. Ela precisa ajudar e colocar a mão em todo o tipo de atividade, onde a necessidade se apresentar, deverá saber deixar a casa em ordem e administrar o lar. Ela deverá ser capaz de se adaptar às condições precárias e primitivas de sobrevivência dos primeiros tempos. Seu dia de trabalho geralmente é muito longo, pois são seus ombros, que, no final de contas, acabam carregando a maior parte das tarefas”.